Anne da Ilha

em sexta-feira, 20 de dezembro de 2024


 


Autor: Lucy Maud Montgomery

Gênero: romance ficcional / romance de época
Páginas: 256

Editora: Ciranda Cultural

Eu estava buscando uma leitura leve e fluida para fechar o ano, e eis que, Anne da Ilha caiu como um luva. 


Quando li Anne de Cabelos Ruivos, eu gostei tanto do livro, que naquela época, eu jurei para mim mesma que não leria os outros livros da série, pois queria guardar aquela Anne adolescente em minhas memórias de leitora. 


No entanto, fiquei curiosa para saber o que mais Lucy Montgomery teria preparado para a personagem,  e assim, me peguei lendo Anne de Avonlea (esse eu não resenhei), e finalmente, cheguei ao terceiro livro da série da ruivinha poetiza: Anne da Ilha. 


Cada livro da série abrange uma fase da vida de Anne. No primeiro livro, ela é adotada pelos irmãos Matthew e Marilla Cuthbert, e acompanhamos sua chegada a Green Gables, sua adaptação na nova cidade e suas amizades. No segundo, Anne já terminou a escola básica, e continua seus estudos enquanto também dá aulas na escolinha que frequentou mais nova. No terceiro, Anne foi para a faculdade e está descobrindo um novo  conceito de viver em sociedade.


E, bom, esse terceiro livro é do que falaremos na resenha de hoje! Em Anne da Ilha, temos uma protagonista mais madura em certos sentidos e ainda muito imatura em outros. Anne deixa da Ilha de Santo Eduardo para estudar em Kingsport, Nova Escócia. No primeiro ano, ela mora em uma pensão para estudantes e no segundo ano em diante, divide uma casa super fofa com suas amigas, que também estão estudando em Redmond College. Acompanhar o cotidiano das garotas e seus desafios ao se tornarem cada vez mais independentes deixou essa leitura ainda mais empolgante!


Vemos também outros personagens crescendo, como Diana Berry, que agora está noiva, Gilbert que também foi para a mesma Universidade que Anne e se mantém como seu amigo, apesar de ser apaixonado por ela desde a escola.


Anne é uma personagem idealista, romântica e intensa. E essa intensidade é transmitida em como ela encara os acontecimentos em sua vida. Há uma fase do livro em que ela tenta a sorte como escritora e, ao ter sua história rejeitada por uma editora, ela sente que ainda não está pronta e pensa em desistir. Então sua amiga inscreve seu conto em um concurso de uma marca de fermento sem que Anne saiba. Quando o conto ganha o prêmio, Anne fica muito triste e sente que sua história foi ridicularizada. Mas ela sofre em silêncio, pois, não quer magoar os sentimentos de Diana, que tentou ajudá-la. E isso acabou sendo a pedra que faltava para afundar o sonho de Anne ser escritora. Essa intensidade de Anne, em que as coisas são tudo ou nada, mostram o quanto ela ainda tem que amadurecer.


Nesse livro, Anne viaja mais, conhece outras pessoas e até namora um cara que parece ter saído dos seus sonhos literários (e para quem fica torcendo pelo Gilbert, como eu torci, isso é um baita banho de água fria). É como se Anne fosse se descortinando aos poucos com o passar dos livros. Ela começa a desabrochar em Green Gables, começa a ampliar sua visão de mundo na Queen's Academy e se abre totalmente para o convívio social em Kingsport. E admito que estou curiosa para saber o que mais teremos da Anne pela frente.


Ler Anne da Ilha, é se transportar para uma história de época em que as coisas eram mais simples e portanto, tem um ar romântico  e aconchegante. As pessoas escreviam cartas para atualizarem umas as outras, se visitavam levando guloseimas e se preocupavam com um dia de cada vez. E era exatamente algo assim que eu queria terminar o ano lendo!


Super indico essa leitura para quem gosta de histórias de época (e essa nem é tão antiga assim, se passa no final do séc. XIX), leves e aconchegantes.


Vou ficando por aqui e...

Feliz natal, folks!

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