Os Pequenos Homens Livres

em quarta-feira, 10 de abril de 2024

 

Autor: Terry Pratchett
Gênero: Fantasia/Ficção Fantástica
Páginas: 304
Série: Tiffany Dolorida
Editora: Bertrand Brasil

Eu  e a minha mania de ler séries fora de ordem. Mas o que eu posso fazer se os livros simplesmente aparecem para mim? E por quê estou começando essa resenha dizendo isso? Bem... Porque Os pequenos homens livres é, na verdade o primeiro livro da série Tifanny Dolorida. Ou seja, o livro que antecede o título "Um chapéu cheio de céu" que é um dos meus livros favoritos da vida inteira e já tem resenha por aqui.

Há  uma certa graça em  ler as histórias de trás para frente, pois não importa o que aconteça no livro atual, a gente sabe o que virá no futuro. 

Maaaas, focando no importa, sigamos com a resenha! Tifanny Dolorida é uma garota de 9 anos, que vive em uma fazenda na região do Giz. Ela adora fazer queijos, bate manteiga como ninguém e como toda bruxa nascida bruxa, tem a capacidade de prestar atenção no que a maioria das pessoas não faz ideia que existe. Como os pequenos homens livres, por exemplo.
Os Nac Mac Feegles, são uma espécie de "povo das fadas" que foram expulsos do reino das fadas e fizeram morada nas colinas de Giz, depois de fazerem um acordo com a avó de Tiffany. Eles medem em torno de 30cm de altura,  tem pele azul, cabelos vermelhos, falam muito palavrão, adoram roubar, beber e brigar e sempre dão um jeito de lidar com os seus oponentes, não importa o tamanho.  A única coisa que dá medo nos Nac Mac Feegles são advogados. Advogados falam difícil, e sempre vem com alguma coisa que os Pequenos Homens Livres tem que arcar. E apesar da má fama, eles são muito leais às "bruacas do Giz".

Tiffany tem um irmão mais novo que mal aprendeu a andar. Ele é daquelas crianças ranhentas, que fala uma ou duas palavras e uma delas é "doce". Ele ama doces e quer doces o tempo todo. Tiffany não sabe se gosta do irmão. Ela o acha de certa forma, desagradável e se sente um pouco injustiçada por acabar se tornando a sua babá. 

Então um dia, o seu irmão é raptado pela Rainha das Fadas e Tiffany parte numa jornada para resgatá-lo. Não sem antes se armar de sua frigideira. Apesar da pouca idade, Tiffany carrega consigo uma grande estima pela avó falecida, que era profundamente respeitada por todos do Giz (inclusive pelos desaforados dos Nac Mac Feegles). Conforme o livro vai passando, a gente percebe que a avó de Tiffany também era uma bruxa, embora ela mesma nunca tivesse assumido isso.

Em busca do irmão mais novo, Tiffany vive aventuras no mundo dos sonhos, enfrenta monstros, lida com suas próprias inseguranças e, mesmo que por um curto período, também se torna líder dos Pequenos Homens Livres. Eu gosto muito de como a história se passa através do olhar de Tiffany, que é inteligente e simples. De passear pelos pensamentos e reações da personagem, num mundo cheio de mistérios e que requer muita coragem para ser explorado.

Leitura super recomendada para quem adora uma boa fantasia com personagens femininas fortes e inteligentes. E para quem, assim como eu, também gosta de uma fantasia desconstruída, com identidade própria.

Vou ficando por aqui e...
Até a próxima, folks!


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