Editora: Melhoramentos
Gênero: Ficção, comédia, suspense
Sabe aqueles livros que a gente simplesmente não consegue ler sozinho? Esse foi o caso de Uma escritora de matar. Eu ganhei de presente e comecei a ler. Logo de cara percebi que precisava comentar o que estava lendo com alguém que conhecesse a história. E foi assim que acabei presenteando a Josy com o mesmo livro para podermos comentar sobre as loucuras da Finlay. Não dava para ler sozinha e amigos são para isso, né? Ainda mais amigas barateiras como nós.
Finlay é uma escritora que ninguém conhece, recém divorciada e mãe de dois filhos pequenos. Ela mora de aluguel numa casa cujo o dono é seu ex-marido, que aliás, está noivo da amante (a traição dele foi o motivo do divórcio). Nesse cenário, claro que a protagonista estaria lutando pela guarda filhos, sem dinheiro para pagar as contas e sem conseguir entregar o seu trabalho para a editora. Até aqui, nenhuma novidade: mais uma protagonista ferrada, sem grana e com um ex-marido que surge do bueiro querendo levar os filhos embora. No começo, eu pensei "okay, vamos para mais um chick-lit nessa vida."
E então eu continuei lendo: Finlay foi confundida com uma assassina de aluguel, graças a uma conversa com sua agente, que foi ouvida por quem não devia. Acho que se eu ouvisse alguém na mesa ao lado comentando que seus assassinatos já não eram mais os mesmos e que seu estilo para acabar com os desafetos estava ficando sem graça, eu também entenderia as coisas meio erradas. No mínimo eu ficaria muito interessada na conversa e depois daria um jeito de nunca mais encontrar a moça assassina de novo.
Mas no caso de Finlay, quem ouviu a conversa, gostou muito do que ouviu e imediatamente entrou em contato para encomendar um serviço muito simples. Matar um cara que realmente não merecia estar vivo. E a grana era boa. Muito boa. Era uma grana que, para alguém como Finlay faria toda a diferença. Então ela aceita meio sem aceitar, e acaba que alguém faz o serviço por ela. E agora a protagonista precisa descobrir quem fez o serviço, se livrar da investigação da polícia e livrar a futura madrasta de seus filhos de levar a culpa. Ah, e ela ainda precisa entregar o tal livro para a editora.
No meio do caminho, Finlay acaba recebendo a ajuda de Vero, a babá dos seus filhos, uma moça esperta, meio louca e com os contatos certos para fazer as coisas se manterem sob controle... ou nem tanto. A amizade entre as duas personagens pra mim, é um ponto alto da história. As duas se completam e é graças a essa amizade que a Finlay consegue lidar com as enrascadas que a autora do livro aprontou para ela.
A narrativa é simples e fluida, os capítulos são curtinhos e as trapalhadas da Finlay garantem boas risadas, mas sempre mantendo a tensão com relação a tudo o que está acontecendo. E tirando uma coisinha no final que eu achei meio forçada, é um leitura divertida e que eu indico para quem está afim de algo leve (embora tenha investigação, assassinatos e mafia... talvez eu precise rever os meus conceitos de "algo leve") e que prenda o leitor até o final.
Vou ficando por aqui e... até a próxima folks!
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