A Fantástica jornada do Escritor no Brasil

em quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Autor: Kátia Regina Souza
Gênero: Não ficção
Editora:  Metamorfose
Páginas:168 Páginas

A minha primeira resenha de 2018 só podia ser desse livro, que mesmo com um título comprido, se trata uma obra rápida, rasteira e sobretudo, uma grata surpresa.

Num ritmo meio de documentário, meio de bate papo, A Fantástica jornada, é um compilado de experiências de autores nacionais, um guia versátil para quem está chegando agora e começou a se aventurar nessa selva louca que é escrever no Brasil. Ou melhor: nessa selva louca que é escrever FANTASIA no Brasil. E também é uma terapia para quem achava que sofria de alucinações criativas, hihihi.

São mais de 50 autores e editores entrevistados, organizados numa linha de leitura simples, e imagino o trabalhão que deve ter dado colocar essa galera toda em ordem, extraindo ensinamentos, alocando as palavras nos momentos mais oportunos para acender aquela chama no peito do leitor: “quero fazer isso também!”. E só isso já deveria ser motivo suficiente para ler a Fantástica Jornada. Mas ainda tem mais... sempre tem!

O livro se divide em 10 capítulos que lembram os marcos da jornada do herói: chamado à aventura, recusa do chamado, mentores... e assim por diante. A escrita é leve (coisa de quem sabe o que está fazendo), e dá para ler quase de um respiro só. A não ser que você tenha que prestar atenção em estações de metrô e pontos de ônibus, como no meu caso, por exemplo.

Quando soube do projeto, o achei audacioso! Fiquei super curiosa para saber como seria, e para ser sincera, superou minhas expectativas.  Para mim, que tenho me aventurado nas minhas primeiras publicações, o livrou foi um boom de inspiração, e levantou bandeiras de sinalização de caminhos para seguir.

Mas ainda que eu não estivesse no time dos escritores, ou melhor, dos aspirantes, A Fantástica jornada do Escritor no Brasil, continua sendo uma leitura obrigatória para quem quer conhecer um pouco melhor essa fauna de escritores fantásticos nacionais. Seja você escritor ou não.

Eu sempre apoiei a produção desse gênero com meu trabalho aqui no blog, sempre procurei ler a galera daqui, então pensa numa emoção, ler o que os meus escritores favoritos disseram a respeito de suas próprias jornadas e de repente, não me sentir mais assim, solitária. Como eu disse lá no primeiro parágrafo: “é uma terapia para quem achava que sofria de alucinações criativas”.

Mesmo  sendo uma publicação de não-ficção, dá para sentir a odisseia que foi transformar isso num livro só, cheio de coisa para ensinar, cheio de informação e exemplos. Um trabalho relevante, de fato.

Não manjo de mercados, e não importa o quanto eu tente, as estatísticas do Publish News não me dizem nada. Só o que sei é que realmente tínhamos uma lacuna de publicação voltada para os escritores de fantasia. Uma coisa que dissesse: “chega aí, você não está sozinho e muita gente já começou a asfaltar o caminho das pedras”.

Não lembro de ter visto um trabalho anterior ao da Kátia, mostrando sem floreios como é escrever fantasia aqui na nossas terras. Se tiver, com certeza lerei, mas por enquanto, indico a leitura de A Fantástica Jornada sem ressalvas e sem moderação.


Até a próxima, folks!

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