Autor: Kátia Regina Souza
Gênero: Não ficção
Editora: Metamorfose
Páginas:168 Páginas
A minha primeira resenha de 2018 só podia ser desse livro, que mesmo com um título comprido, se trata uma obra rápida, rasteira e
sobretudo, uma grata surpresa.
Num ritmo meio de documentário,
meio de bate papo, A Fantástica jornada, é um compilado de experiências de
autores nacionais, um guia versátil para quem está chegando agora e começou a
se aventurar nessa selva louca que é escrever no Brasil. Ou melhor: nessa selva
louca que é escrever FANTASIA no Brasil. E também é uma terapia para quem
achava que sofria de alucinações criativas, hihihi.
São mais de 50 autores e editores
entrevistados, organizados numa linha de leitura simples, e imagino o trabalhão
que deve ter dado colocar essa galera toda em ordem, extraindo ensinamentos,
alocando as palavras nos momentos mais oportunos para acender aquela chama no
peito do leitor: “quero fazer isso também!”. E só isso já deveria ser motivo
suficiente para ler a Fantástica Jornada. Mas ainda tem mais... sempre tem!
O livro se divide em 10 capítulos
que lembram os marcos da jornada do herói: chamado à aventura, recusa do
chamado, mentores... e assim por diante. A escrita é leve (coisa de quem sabe o
que está fazendo), e dá para ler quase de um respiro só. A não ser que você
tenha que prestar atenção em estações de metrô e pontos de ônibus, como no meu
caso, por exemplo.
Quando soube do projeto, o achei
audacioso! Fiquei super curiosa para saber como seria, e para ser sincera,
superou minhas expectativas. Para mim,
que tenho me aventurado nas minhas primeiras publicações, o livrou foi um boom
de inspiração, e levantou bandeiras de sinalização de caminhos para seguir.
Mas ainda que eu não estivesse no
time dos escritores, ou melhor, dos aspirantes, A Fantástica jornada do
Escritor no Brasil, continua sendo uma leitura obrigatória para quem quer
conhecer um pouco melhor essa fauna de escritores fantásticos nacionais. Seja
você escritor ou não.
Eu sempre apoiei a produção desse
gênero com meu trabalho aqui no blog, sempre procurei ler a galera daqui, então
pensa numa emoção, ler o que os meus escritores favoritos disseram a respeito
de suas próprias jornadas e de repente, não me sentir mais assim, solitária. Como
eu disse lá no primeiro parágrafo: “é uma terapia para quem achava que sofria
de alucinações criativas”.
Mesmo sendo uma publicação de
não-ficção, dá para sentir a odisseia que foi transformar isso num livro só,
cheio de coisa para ensinar, cheio de informação e exemplos. Um trabalho relevante,
de fato.
Não manjo de mercados, e não
importa o quanto eu tente, as estatísticas do Publish News não me dizem nada.
Só o que sei é que realmente tínhamos uma lacuna de publicação voltada para os
escritores de fantasia. Uma coisa que dissesse: “chega aí, você não está
sozinho e muita gente já começou a asfaltar o caminho das pedras”.
Não lembro de ter visto um trabalho anterior
ao da Kátia, mostrando sem floreios como é escrever fantasia aqui na nossas
terras. Se tiver, com certeza lerei, mas por enquanto, indico a leitura
de A Fantástica Jornada sem ressalvas e sem moderação.
Até a próxima, folks!
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