Um novo vírus está se espalhando: Os Audiobooks!

em sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Olá, galerinha Baratal!
Vocês com certeza já devem ter ouvido falar dos Audiobooks. Caso contrário, aqui te apresentarei essa valiosa ferramenta! Quem me conhece sabe que, apesar de jovem e usufruir da evolução tecnológica que nos bombardeia atualmente, sou um pouquinho muito conservadora quando o assunto é livros. Não julgo ninguém que utiliza outros métodos, mas eu simplesmente não consigo ler um livro em uma telinha brilhante, admito que sou uma pata para coisinhas moderninhas demais.

Acho incrível aqueles que usam a tecnologia a seu favor dessa maneira, clicando aqui, arrastando ali, escrevendo acolá e acrescentando uma pancada de notas e cores ao “e-book”. Okay, vocês estão prestes a ouvir um discurso de vó do tipo: “Ai...essa geração toda moderna, na minha época não tinha isso e blá blá blá”, maaaas como eu sou muito boazinha, vou poupar as crianças disso hoje, ta bão? Podem comemorar! Hahaha’


Bem, apesar do meu embaraço com tudo isso, de uns tempos para cá estou me encontrando no meio desse gigantesco acervo de alternativas que a internet nos dispõe. Em minhas vasculhadas matinais pelos blog’s e sites, encontrei uma matéria sobre a venda de audiobooks na Alemanha. Até então eu já sabia mais ou menos o que era um audiobook , mas nunca tinha parado para analisar quantas pessoas eram adeptas à eles, e no mundo inteiro são 3 milhões de pessoas!

Parei e pensei: “Poxa...quantas pessoas usam esse "coisinho".

Passei a pesquisar mais sobre sua funcionalidade e se haviam audiobooks gratuitos e em português disponíveis online, e claro que encontrei vários exemplares. Hesitei em testar, mas sucumbi a minha curiosidade.

O primeiro que ouvi foi “Um Estudo em Vermelho”, no Youtube. Minha primeira impressão foi boa, estava cozinhando enquanto reproduzia em meu celular, apoiado em um copo sobre a mesa. Logo de cara gostei da praticidade, não preciso ficar segurando nada ou me preocupar com minha grande habilidade de sujar coisas.
Achei realmente muito confortável ouvir uma história ao invés de uma musica qualquer, além da voz do contador ser muito macia e expressiva.
Nas primeiras vezes em que apareceu um efeito sonoro para ilustrar a situação, confesso que agarrei a primeira panela e fiquei em minha posição de ataque por uns segundos até perceber que vinha do audiobook! Hahaha’

 

Eu já havia lido o livro e então me incomodei com algumas vozes, pois já tinha idealizado elas em minha mente, foi meio estranho no começo, mas logo me acostumei e curti mais a história. Acho que pra quem for começar, essa é uma das dificuldades que qualquer um vai enfrentar, ao aparecer uma personagem que já conhece com uma voz completamente diferente daquela que pensara. É como assistir uma série legendada e, por pura e inocente curiosidade, experimentar assistir na versão dublada... Admitam, não dá muito certo na maioria das vezes.



Após meu longo processo de adaptação, estou aproveitando bastante suas vantagens. Enquanto vou ao mercado, escola, lotérica ou qualquer outro lugar, eventualmente substituo a música por um audiobook. O único problema é que se seu fone não for alto o suficiente ou não tiver um isolamento sonoro legal, ao passar um carro barulhento ou uma moto gritante, vai ter que voltar um pouco o áudio para ouvir o que perdeu. Em geral, ele é bem útil em ônibus, metrô, enquanto cozinha, dirige ou toma banho.  
Existem vários formatos disponíveis como em mp3, CD, mp4 e WMA por exemplo, além de sites de venda desses audiobooks. Em média não passam de R$ 15,00. porém a maioria deles só disponibiliza exemplares em inglês. Para quem está aprendendo outra língua essa é uma ótima notícia! Existem poucos do qual se pode comprar em português, mas para nossa felicidade, encontramos artistas,autores e leitores como nós gravando voluntariamente e postando no Youtube e outras plataformas.
Algumas são narradas por vozes famosas, como de Antônio Fagundes e Tony Ramos, ou interpretadas pelo próprio autor, como acontece nos audiolivros do escritor Rubem Alves. Claro que haverá uma diferença na qualidade de áudio e dicção, mas eu considero super divertido a iniciativa. Quem sabe um dia, o Barato Literário não entre nessa brincadeira também e passe á gravá-los, heim?
E por incrível que possa parecer, o audiolivro existe desde a década de 80 em gravações em fitas K-7! Ao ir toda empolgada e na minha grande inocência, fui contar à minha mãe essa descoberta, e a danada me contou que tinhas histórias das princesas nessas fitas e as reproduzia para minha irmã mais velha dormir quando criança. Tenho esperança que essas belezinhas sejam mais bem exploradas aqui no Brasil, para assim propagar essa ferramenta incrível!


Super indico a vocês, até eu que sou chata para aceitar a tecnologia nessa área, me adaptei super bem e adoro ouvir enquanto faço minhas tarefas. Me ajudou muito à melhorar minha concentração, visualização e imaginação, depois de ouvir alguns audiolivros, percebi que minha “voz mental” passou a ser muito mais alta e clara!

Experimentem e não deixem de compartilhar conosco, não é crianças? 

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