A Herdeira e A Seleção

em domingo, 15 de novembro de 2015


Autor: Kiera Cass
Gênero: Ficção, Romance
Páginas: 361
Editora: Seguinte

Como nem só de aventura se vive um leitor, hoje trazemos uma resenha de um romance pra variar. O livro A Herdeira, faz parte da série A Seleção.
Na primeira trilogia da série, fomos apresentados a America Singer, que vivia no país de Iléa com sua família de músicos. Iléa é o novo nome dos Estados Unidos após uma guerra (sim, tem um lado futurista de certa forma). Foi estabelecido no país na ocasião um sistema de castas. Se você é de uma família de cozinheiros, você também será um cozinheiro. No caso America é uma música, no entanto a mesma é apaixonada por alguém de outra casta, inferior. Isto impedia o relacionamento e foi a causa de seu namorado inscrever ela para a famigerada: Seleção.

A Seleção é um programa instituído pela família real, quando o príncipe herdeiro chega na idade de casar. Todas as moças do país podem se inscrever e se candidatar para ser a futura esposa e rainha do pais. E sim, isto passa na TV de Iléa. Em outras palavras: É um reality show da monarquia!

Não desista da resenha ainda, falando assim muita gente pode subestimar a leitura desta série. E não deve. 



No decorrer dos três volumes iniciais (A Seleção, A Elite e A Escolha), conseguimos ser totalmente envolvidos na trama pela autora, America que não queria participar da Seleção. Acaba sendo parte integrante do conjunto de belas 35 moças para o príncipe Maxon. E no decorrer do livro temos todas as intrigas de competição em paralelo a um país em revolta pelo sistema de castas prestes a entrar em rebelião. Surgem tensões, romance e muita indecisão em certa hora da protagonista. Em determinado ponto do livro, nem eu como leitora sabia com quem a protagonista devia ficar.
Mas enfim, isto é um resuminho básico da série passada para vocês entenderem o livro de hoje: A Herdeira. 

Vinte anos depois do casamento do príncipe Maxon, ele dissolveu o sistema de castas do país e com muita paciência está tentando instituir uma sociedade igualitária em que todos os cidadãos possam exercer a profissão que quiser e casar com quem quiser também. 

Mas isto não satisfez o povo, uma nova rebelião insurge contra a monarquia. Ataques terroristas, mortes demasiadas estão prestes a deixar o país novamente no Caos.

Eadlyn, é a filha mais velha e futura herdeira do trono de Iléa. Ela vê seu pai cada vez mais tenso e fica exasperada de não conseguir fazer mais do que ajudar na burocracia do palácio. Se oferece para ajudar  e eis que surge a ideia do Rei: Uma seleção para Eadlyn!

A ideia é exatamente a de uma manipulação de mídia pelo povo (sim, sem nenhum disfarce. É manipulação escancarada mesmo!), a população se distrairá com o processo da seleção do futuro rei e parceiro de Eadlyn e se esquecendo um pouco dos problemas o Rei ganha tempo o suficiente para evitar que o país entre em guerra civil. Como bônus, Eadlyn arranja um namorado/ futuro marido.

Só que não. Eadlyn não vê isto muito bem, a ideia de casar com um desconhecido a enerva. Ela nem sequer pensa em casamento ou filhos, ela só quer fazer um bom trabalho como rainha. Para ajudar seu pai a ganhar tempo no entanto, ela concorda em fazer parte do processo. Secretamente pensando em formas de despachar todos os 35 pretendentes pra casa.

Então, como no primeiro arco da saga: 35 belos rapazes chegam a mansão e fazem de tudo para conquistar o coração de Eadlyn. Mas diferente da primeira seleção, nem tudo é um mar de rosas, e quanto mais o tempo avança, Eadlyn começa a pensar que nem a Seleção será o suficiente para salvar seu país.

A Herdeira segue a mesma linha da série passada, embora nem de longe Eadlyn seja tão carismática quanto América. Embora torçamos por ela mesmo assim, em muitos momentos ela é imatura, chegando a ser um pouco tolinha. O fato é que ser criada como futura herdeira do trono a alienou da realidade do país e conforme os capítulos passam e ela começa a conhecer os rapazes, ela também começa a descobrir a si mesma e cair na real.

É uma escolha interessante da autora, já que temos o ponto de vista do alvo dos selecionados. Ao contrário da primeira saga que tinha o ponto de vista de uma das concorrentes.

O livro é agradável como toda série, vale como uma leitura descompromissada como um chá da tarde divertido. E francamente estou ansiosa pelo próximo volume A Coroa que deve sair apenas em maio de 2016, como desfecho e a escolha de Eadlyn. Mas já teve sua capa divulgada esta semana!

Então, quem quer conhecer o Reality Monarca? 

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