Virando Viking

em quarta-feira, 17 de julho de 2024

Autor: Helen Russel
Gênero: Ficção, Humor
Páginas: 336
Editora: Leya

Resenha com spoilers!!!

Alice é uma dentista passando por uma fase difícil na sua vida, embora ela goste de sua profissão a rotina está lhe fazendo mal. Seu casamento não vai bem, não consegue passar muito tempo com os filhos e aos poucos está começando o que pode indicar um Burnout. Seu marido não faz tarefas básicas de casa e ela sente que precisa gerenciar tudo ou os filhos não ficaram bem.

Ela que obriga a comer comidas saudáveis e fazer as lições, enquanto o pai os deixa na tv, além de comer diversas "porcarias". Greg não é o homem que ela pensou que era quando se casou, mas não é culpa dele e embora ela esteja infeliz não pensa em acabar com seu casamento. Ao ir a um congresso profissional acontece o que já parecia previsto: Alice bebe demais e paga diversos micos além de beijar e talvez fazer algo a mais com um homem que ela não conhece (embora ela não se lembre direito disso).

Quem vai em seu socorro é sua irmã, com quem ela não se dá muito bem por terem personalidades bem diferentes. Então ela é convocada para um retiro, para se desconectar com a rotina e embarcar em uma jornada interna. De princípio Alice não gosta da ideia de viajar com a irmã, mas ao pensar em um spa e massagens relaxantes por uma semana decide que não pode haver nada de mal.

Só que não é para um Spa que elas vão, e sim para um retiro para encontrar seu lado viking e selvagem: dormindo ao relento e fazendo muitas atividades físicas e primitivas para sua sobrevivência e sem contato com celulares ou internet. O retiro vira um pesadelo para Alice, mas será que isso não é exatamente do que ela precisava?

A premissa do livro me atraiu pela aparência cômica com sororidade para a jornada de Alice, mas tenho algumas ressalvas sobre personagens e como a história se desenrola. 

A irmã de Alice a culpa de tudo na sua vida: ela não aprendeu música quando era criança, de quem é a culpa: Alice. 
Acho isso muito ruim, por que a irmã simplesmente não disse que queria fazer música, ao  invés disso jogar a culpa de tudo que não deu certo na sua infância na Alice. E ao pedir desculpas, a irmã ainda fica um bom tempo fazendo drama e a protagonista fica numa espiral de culpa. Parece que todos a odeiam para que ela odeie ainda mais a sua vida e suas atitudes.  Então aquilo que pareceu promissor me pareceu um tiro no pé.

Ela obviamente é perdoada por todos, se auto encontra e resolve ter uma rotina melhor e se divorciar. Só que isso acontece no último capítulo e no epílogo. Então é um livro que me deixou bem descontente e quase abandonei. 

Embora seja um livro que existe, não sei se recomendo ele para qualquer um que precise se divertir ou motivar. Os pontos ruins me incomodaram mais que os pontos bons. Então se você quiser ler, vá por sua conta e risco.

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