Hoje eu trouxe um quadrinho que estava na minha estante há, pelo menos, uns quatro anos. Bom, eu o trouxe comigo da bienal do Rio 2017, estamos em 2021... é, bem por aí mesmo. Sim, eu compro um monte de livros e quadrinhos e acabo lendo meses, às vezes, anos depois. E nem por isso as leituras ficam menos interessantes ou datadas. Como no caso do quadrinho de hoje que eu amei e pensei: "nossa, como não li isso antes?"
Peek a Boo - A Masmorra dos Coalas
Autor: Psonha
Editora: Astral Cultural | Selo: Plot!
Gênero: Quadrinhos, Ficção, aventura, infanto juvenil
Páginas: 128
A história começa com Mambay sendo obrigada por seus pais a acampar. Ela e sua gatinha são inseparáveis, por tanto, as duas embarcam na viagem com os pais desnaturados. Chegando lá, eles conseguem perder a Mambay, que se embrenha na floresta e encontra uma casa na árvore. Eis que, na calada da noite, durante uma tempestade pavorosa, surge na casa da árvore, Apolônio e seu morcego, Bruce. Não, eles não queriam jantar a Mambay — é que aquela era a casa deles mesmo.
O garoto se compromete a acompanhar Mambay de volta ao acampamento, tão logo a chuva acabe. Só que as coisas não são tão simples assim, né? E é bem aqui que uma aventura muito maluca, cheia de cores e elementos inesperados começa.
Os personagens são super carismáticos e temos ótimos diálogos. Enquanto Mambay é reclamona, não tem papas na lingua e admite ser uma chatonilda de carteirinha, Apolônio é educado e cortês e não entende bem por que, a despeito de todas as malcriações que tem ouvido desde que conheceu aquela garota, ainda está disposto a ajudá-la.
Apolônio, Mambay e Pafúncio |
Os diálogos ficaram a cargo de Thiago Ossostortos, (já li Kombi 95 dele e pretendo falar desse quadrinho também em breve) e são um show a parte. Por falar em show, eu adorei os nomes dos personagens, não só dos protagonistas e seus pets, como os nomes de outros personagens, como o garoto Pafúncio e seu chapéu napoleônico e da Raposa pet. Sério a Raposa Pet é um espetáculo e a página dupla em que podemos vê-la por inteiro é a coisa mais "iti malia, que cuti-cuti me-tira-daqui-se-não-eu-vou-apertar-ela".
O projeto gráfico tá absoluto de lindo, capa dura, miolo colorido em couché, e tem um padrão de estampas muito lindinhos nas folhas de guarda, um mimo que dá vontade sim de deixar na estante embelezando a vista.
Leitura super bem humorada e indicada para quem quer uma aventura leve e com elementos que até podem passar por non sense, mas que na verdade, fazem todo o sentido no universo criado pela Psonha.
Vou ficando por aqui e... até a próxima, folks!
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