Rastejou para dentro de sua toca novamente.
Não gostava de sair mesmo morando no mundo avernal.
Tudo lá fora parecia sufocante, brilhante e lhe esgotava as forças.
Repousou em sua lápide fria com as mãos sobre o peito e suspirou enquanto seus cabelos negros se emolduravam a sua volta.
Perséfone retornava a seu sono por mais um período de lua negra.
A senhora do noite desnudou seu véu diante de seus aprendizes.
Era a única noite em suas vidas que a veriam fazer isso. Puxando sua varinha e entoando palavras em uma língua a muito esquecida, um pequeno tremor foi sentido, o céu ficou mais escuro e asestrelas mais brilhantes. Mas, nenhum deles via isso.
Eles viam a pequena mulher franzina agora se revelando uma deusa de beleza incomensurável e que nenhuma palavra poderia definir de forma que alguém além de quem não estava ali compreendesse.
- Não fique assim Silvestra, vamos dar um jeito...
- Um jeito? Você só fala isso porque virou um homem do espaço, veja no que me transformei? Sou um burro como na peça de Shakespeare!
- Calma querida.
- Calma nada! Volte a rainha das fadas e repare a ofensa para que ela nos transforme de volta!
- Mas...
- Mas nada! Vá andando Arturo. Hunf!
E esse foi um conto de Josy Santos!
Me aventurando no mundo das letrinhas há cerca de dois anos, incentivada pela Dany Fernandez, minha companheira no blog "Barato Literário".
Publiquei os contos "Estrela" e "O Mago" na antologia "Etéreo- Contos Fantásticos" da Andross Editora, o conto "Sereia Negra" na antologia "Criaturas do Submundo" da Editora Wish e o conto "Jane Black, Caçadora de Recompensas" na antologia "Fantásticas" da Giz Editorial.
Espero que gostem da leitura ou não e comentem e deixem sua opinião.
Abraços
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