Autor: Vivianne Fair
Gênero: Fantasia
Formato: E-book
Páginas: 301
Eu sou absolutamente fascinada por Dragões. Desde... Sei lá! Desde sempre! E aí, eu acabo levando comigo todo livro que tem "Dragão" no título. Às vezes, eu acabo me arrependendo, e outras vezes, eu tenho uma grata surpresa, e com certeza, O Legado do Dragão é uma delas.
Missandra é uma princesa, filha de um rei muito famoso, responsável por trazer de volta a paz ao mundo. Isso é o que a gente vê por fora. Mas sempre tem mais, né? Sim, sempre tem!
A verdade é que, quando a gente olha mais de perto, Missandra é uma princesa rebelde, que está perdendo a paciência com essa história de encontrar um noivo e tal. Todos os pretendentes que aparecem, simplesmente desistem. Somem, evaporam, voam de volta para seus reinos tão tão distantes. E esse é só um dos mistérios interessantes desse livro.
Além da rebeldia, (ou talvez por isso mesmo) Missandra também nutre uma admiração especial pelos extintos Dragões. O pai dela, o Rei Gallad, foi o cara que conseguiu matar todos os Dragões e restaurar a paz não só de seu reino mas de todos os outros, "até os confins do reino de Landom". A princesa coleciona escamas dos seres alados e procura sempre por pedaços da história que ninguém conta. É que, depois que os dragões foram varridos da existência, tudo relacionado a eles ficou proibidão. Eles se tornaram praticamente "aquele cujo nome não se pronuncia."
Tudo ia muito bem, no mais do mesmo, até que um gigante Dragão Azul aparece do nada e numa cusparada de fogo, destrói boa parte do reino de Missandra. Essa é uma das partes mais legais do livro. A princesa encarou o enorme dragãosão. Eles encararam um ao outro e ele se foi. Gente, sério, essa cena é de arrepiar o esqueleto além de me render umas boas risadas! Também me rendeu umas boas e muitas perguntas: se os dragões estavam mortos de onde surgiu aquele? E gente, porque ele não saiu matando geral? Ele deu uma tostada no reino, olhou para a princesa e pá! Foi embora. Como assim? Esse é outro dos mistérios interessantes desse livro².
Entre meio que se sentindo culpada e meio que tentando salvar os humanos e os dragões (ou os dragões dos humanos), Missandra se joga numa missão que ela não sabe onde vai dar, e muito menos se consegue dar conta. Mas vai mesmo assim, com a cara, a coragem e o coração. E põe coração nisso. Muito coração. Tem coração pra caramba nessa história. Eu já disse coração? Ah, tá. Só lendo para sacar esse coração todo. E é durante essa missão, que a história vai se descortinar de verdade e onde Missandra finalmente vai ter todas as suas respostas. E nós também, né?
O Legado do Dragão tem muito humor, característica da escrita da Vivianne (de quem eu já resenhei dois livros da série A Caçadora e o livro Rainha Sombria). E trata da questão da auto descoberta com leveza e ao mesmo tempo emoção. E nesse livro em especial, os personagens são um show a parte. Sério.
Vamos começar pela protagonista: Missandra é o centro mesmo da bagunça toda e a gente fica torcendo por ela o tempo todo. Ela é a prova que a teimosia as vezes nos leva para algum lugar. Ha-ha.
Lantis é o guarda-costas sinistro da Missandra. Ela tem certeza que ele quer torcer o pescoço dela na primeira esquina deserta disponível. E não vou negar, eu quase achei o mesmo. O motivo? Bom, esse é outro mistério do livro! O charme desse personagem é sua aura misteriosa, caladona. Ele prefere fazer do que falar e guarda consigo um segredo que vem lhe destruindo por dentro. Literalmente falando.
E por falar em sinistro, Dhalek é o cara mais dúbio da turma. Sério. Ele surge de uma maneira tenebrosa e apronta cada uma que eu mesma quis dar cabo dele. Apesar do seu estilo cafajeste, a gente acaba querendo descobrir quem ele é e de onde veio. A coisa é tão complicada que nem ele sabe!
E o prêmio fofura vai para... Mane! Pensa num num cara fofo, amigo para se meter em encrencas com você, para te inspirar e viajar na maionese! Ah, e ele se comunica com os animais. De onde veio esse dom? Outro mistério desse livro! Mane é o melhor amigo de Missandra e tem um passado tão desconhecido que nem ele conhece! Mas a gente vai acabar descobrindo, de um jeito ou de outro.
Há uma última coisa que gostaria de falar nessa resenha. Uma coisa que poderia passar despercebida, mas para mim não passou. A escritora nos apresentou em O Legado do Dragão, uma miscelânea de seres mágicos e reinos heterogêneos. Tudo ficaria bem se ninguém se metesse na vida um do outro a ponto até de negar ajuda. Afinal, as raças não se misturam... e o mais especial aqui, é que toda essa galera aprende que são justamente as diferenças que nos tornam iguais, ou pelo menos, seriam justamente as nossas diferenças que deveriam nos unir. Quer dizer, nem todo mundo aprende. Aramis que o diga...
Livro super indicado para quem adora uma aventura leve, divertida mas mesmo assim bem emocionante! E para quem adora Dragões e personagens cativantes, que ficam martelando na cabeça um tempo depois da leitura... hihihi!
Vou ficando por aqui e até a próxima folks!
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