Gênero: Fantasia
Páginas: 328
Série: Crônicas de Leemyar
Editora: Linhas Tortas
Eu
tenho uma relação de amor com a galera de Leemyar. Sério. Acompanho essa trupe
maluca, desde seu surgimento no primeiro livro da saga e acabei ficando. Os
outros dois volumes tem resenha aqui e aqui.
Mas
vamos ao que interessa: O grupo de heróis do campo de treinamento High Honor
passou por terríveis maus bocados no livro 2: A espada dos Dragões. Nesse
terceiro volume, o pessoal ainda está
colando os cacos do que sobrou no ultimo combate, desvendando os efeitos colaterais
e tentando seguir em frente da melhor maneira possível.
Entre
sombras, medo, paranoia e tentativa de normalizar a vida, os guerreiros
descobrem que a amiga Vanna não está nada bem.
E a pior coisa que tem é você tentar provar para alguém que ela precisa
de ajuda, quando a própria pessoa acha que não. Às vezes, a pessoa em questão até
não precisa mesmo de ajuda e a gente acaba sendo enxerido, mas esse não é o
caso.
Vanna
vai descobrir que uma pedra que a gente joga no lago, não é só uma pedra que a
gente joga no lago. A pedra vai produzir ondas, mexer na água, levantar lodo do
fundo, talvez até bater em um peixinho no meio do caminho. Coisas simplesmente acontecem quando tomamos
decisões. Coisas que não podemos controlar, mas que precisamos enfrentar,
porque elas passam a fazer parte do nosso caminho.
Como
se não bastassem os tormentos internos da galera, a maquiavélica da escritora
conseguiu preparar coisas ainda mais tensas para testar a fé e a resiliência
dos guerreiros de Leemyar: juntos, precisarão enfrentar o Deserto das Mil
Mortes em busca de algo que pode definir o destino de Celtária e é claro que eu
não posso falar o que é, por motivos de:
A
Esfinge da Alvorada tem 45 capítulos, divididos em 3 arcos: o primeiro em que o
pessoal está se recuperando do ultimo ataque do Algol, a segunda em que
precisam achar ajuda para a Vana e o terceiro em que precisam achar o artefato
para evitar que Celtária tenha um destino trágico. Não há exatamente uma divisão clara. Eu que
acabei organizando a leitura dessa forma, mas a questão é: tudo está conectado.
Os acontecimentos do terceiro volume estão totalmente ligados ao botão que foi
apertado no segundo volume.
Eu
sou uma manteiga derretida e esse volume levou umas lágrimas minhas em várias
cenas. Uma delas, inclusive, no capítulo 36, é um dos mais emocionantes, onde o
personagem Dirk, finalmente chamou minha atenção e ganhou uns pontinhos da
minha simpatia. Ou seria compaixão?
Mas
nem só lágrimas e vista embaçada essa leitura me rendeu: o humor permanece
intacto no convívio dos personagens, as cenas de luta continuam dinâmicas e muita
risada rola solta também!
Uma
das coisas mais especiais de A esfinge da Alvorada, é a mensagem de que a gente
até pode seguir um caminho solitário, mas nunca chegaremos tão longe quanto chegaríamos ao lado das pessoas que
confiamos, dos amigos que, uma vez
emprestados às nossas vidas, se tornam
parte de nós mesmos.
Lendo
Crônicas de Leemyar (qualquer um dos três volumes), a gente lembra que a
amizade é também um tipo de amor, daquele que nasce por afinidade, convívio, compartilhamento
e cumplicidade e que ter amigos de verdade, aqui, na vida real, é um presente
quem nem todo mundo pode dizer que ganhou.
Leitura
super indicada para quem gosta de fantasia, aventura, personagens bem desenvolvidos
e muita emoção por capítulo!
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