You ME Her: Uma nova visão de Poliamor!
Boa noite, magníficos Barateiros!!
Feriadão chegando, muitos de vocês já estão até adiantando as malas para a viagem, fazendo a listinha do que levar e, claro, arrumando aquele espacinho para um livro e as escovas de dentes como bons Barateiros que são.Mas obviamente que a Tia não iria deixá-los sem uma indicação de série para animar o carnaval de quem vai pegar a estrada e também para aqueles que ficarão em casa navegando na Netflix e fazendo curtas viagens até a cozinha! Haha'
Para facilitar a procura, hoje venho preparada para a folia e trouxe a série You ME Her! Uma obra quentíssima e original da Netflix que traz o romance, a comédia e os desafios de um "trisal", ou seja, um "casal" de três! Isso mesmo, meus queridos... um proposta ousada e inusitada que deu muito mais que certo. Tanto que o "God Google" aponta uma porcentagem de que 96% dos que assistiram gostaram deste programa.
Então me sigam!
Em todos os momentos da série você é colocado sob uma visão diferente e situações que a grande maioria nem imaginaria passar e é justamente para isso que as séries servem: nos contar histórias nunca antes cogitadas. É cada coisa que esse trisal passa tentando esconder a escolha da sociedade e da vizinhança "Hollywoodiana" que só vendo mesmo para entender! Através da comédia a série expressa nuances de várias formas de viver o amor: o amor possessivo, o amor livre e o amor romântico. Além de trazer a poligamia e monogamia no mesmo contexto, seja ele em momentos de aceitação, negação e transição dos personagens envolvidos.
Ao trazer um modelo de relacionamentos muito mal interpretado por nossa cultura e considerado até um crime, de maneira cômica e inusitada ela desmancha alguns conceitos nossos. No momento em que assistia me deparei várias vezes com preconceito e me peguei de repente apoiando os personagens e apresentando reações como: "Mas o que tem de errado nisso? O que isso tem a ver com os outros? Seus malvados, deixem que sejam felizes!!".
Com o tempo percebemos que 99% das dificuldades passadas na série são devido a vontade de se encaixar socialmente e no impasse de seguir o que desejam ou serem aceitos pelos amigos e vizinhos (impasse que TODOS nós enfrentamos e isso nos aproxima do trisal imensamente). Em resumo, o que é considerado errado e certo é imposto pela cultura de um povo, conceitos que a massa maior interpreta e ensina aos próximos e acabam por se enraizar. E já aviso: Esta série vai te "desenraizar" feito uma colheita de cenoura!
Sem demora e delongas, vamos para a indicação! Me sigam!
A narrativa gira em torno de um casal Jack (Greg Poehler) e Emma Trakarsky (Rachel Blanchard) que estão casados e são felizes na medida do possível, com as vidas profissionais indo bem e sem filhos. Parece até um casal "Hollywoodiano", só que não.
A trama começa com Jack e Emma enfrentando dificuldades em sentir atração um pelo outro e resolvem trazer uma pessoa a mais no relacionamento com o intuito de levantar o desejo e o tesão do casal, essa pessoa não é ninguém mais, ninguém menos que Izzy Silva (Priscilla Faia), jovem e universitária.
Muito mais que desejo, começa a florescer no trio um sentimento real, e á partir daí a trama se desenrola em como tornar possível esse relacionamento.
O que mais me atraiu no roteiro foi que não houve a hiperssexualização dessa situação (apesar da proposta ser muito propensa a esse tipo de interpretação). Jack não é o esteriótipo de homem que ama a ideia de ter duas mulheres consigo, há dificuldades de aceitação, insegurança e ciúmes na relação, em momento nenhum Jack interpreta o sentimento da esposa pela Izzy como mero comportamento fetichista, diminuindo a credibilidade de um relacionamento homoafetivo. E também não há foco na relação homoafetiva, há igualdade e os três se respeitam e buscam a felicidade juntos" :)
Há alguns erros aqui e ali de roteiro e amarração da narrativa mas... não são tão importantes assim. A série no geral é uma leve sambada na cara da sociedade, nos faz refletir não só sobre a forma que interpretamos e vivemos o amor, mas também em como nos portamos diante do mundo e em como a aceitação chega a ser tão importante para algumas pessoas que isso as rouba chances de seguirem seu coração. Na medida certa a obra nos dá uns choques de realidade e nos coloca para fazer lição de casa.
A única coisa que me incomodou é como essa série é colocada pela internet afora. Encontrei descrições muito tendenciosas dando a impressão que um dos três vai ser deixado de lado ou então que se trata de uma mulher se descobrindo lésbica, o que não é o que acontece na série (esse questionamento é levantado e derrubado pelos próprios personagens).
Verifiquei através de algumas fontes que "a série foi baseada em uma matéria escrita por John H. Richardson e publicada na revista Playboy com o título de Sugar on Top. Foi exibida pelo canal Audience da DirecTV (subsidiária da AT&T) e no Brasil é distribuída (com título de original) pela Netflix".
Então se quiserem mais lição de casa, vale a pena dar uma olhada na matéria e compreender a raiz desse universo todo, certo pessoal?
Enfim, vou ficando por aqui e deixando um grande abraço, um beijo e uma BIG bacia de PIPOCA COM MOSTARDA!
See ya!
Ass: Jeniffer Alba
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