Autor: Priscila Gonçalves
Gênero: Fantasia / Ficção
Editora: Pendragon
Páginas: 382
Alys
descobre que tudo o que conheceu e tudo o que sabia durante toda a sua vida era
um montão de mentiras. Absolutamente nada era real. Nem mesmo seu nome. De
repente, tudo que era sólido começou a derreter, e a personagem nem teve tempo
de pensar, ela só pode reagir. Imagine abrir mão de tudo o que você acreditou
ser verdade. É de chacoalhar a cabeça de qualquer um, não é mesmo? Pois é. Esse
livro é assim, um chacoalhão depois do outro, com direito a portal dimensional
e tudo.
Mas
vamos por partes:
Alys
Silva é uma garota de 16 anos (acho que é isso, mas pode ser 17, sou péssima
com esse lance de idade), que vive sob a super proteção paranoica de seu pai.
Eles vivem brigando por causa disso. Mas tudo tem um motivo, não é? E o motivo
do Sr. Roberto era dos grandes: ele amava demais a filha. Amava tanto que ficou
cego pelo medo de perdê-la e tudo o que conseguiu foi meter Alys numa grande
confusão, que de certa forma, acaba sendo o eixo central do livro.
Meio
tentando entender o mundo novo em que foi parar, meio tentando salvar o pai e
meio tentando entender seu papel na história toda, Alys passa por uma série de
situações em que sua coragem e sua capacidade de acreditar em si mesma e de
confiar nos outros é testada à exaustão.
Como
companheiros de jornada ela tem Kyer (seu melhor amigo desde sempre) e Evan, um
guardião metido e bocudo, que no fundo, só não quer parecer vulnerável. Claro
que ela tem também o mentor Celen (um dos meus personagens favoritos) e a avó
Ana para ajudar a segurar as pontas. E acredite, essas pontas são muitas.
A
história se passa num mundo que foi tomado por metais e as organizações
governamentais separaram os países pelos tipos de metais em comum que tinham e
os uniram. A questão é: Esses metais, não são só metais. São uma parte de uma
grande profecia que está prestes a se cumprir. E é óbvio que Alys tem um papel
nessa bagunça.
Os
metais permitiram que os humanos avançassem muito a tecnologia e evoluíssem para
cidades com transportes voadores, celulares fininhos chamados de Dim entre
outras coisas que com certeza eu devo ter deixado passar.
O cenário é outro ponto forte do livro, com toda sua modernidade "magico-metálica". A autora
conseguiu mostrar a tal da era "pós-metal" através dos olhos dos personagens, sem perder
tempo com aquelas chatices de ficar 100 páginas descrevendo em que raios de
mundo estamos.
Acho
que se eu tivesse que apontar alguma coisa que não gostei, foi o
lance de ninguém responder nada e ficarem jogando a Alys de um lado para o
outro. Teve um momento que senti como se estivesse assistindo uma partida de
pingue pongue em que a personagem era a bolinha. O Kiko em mim já estava
berrando. “falem, falem logo, vocês me deixam loooooooouca!”.
Alys - Elemento Alpha foi a leitura que fechou o mês de janeiro! (montei um calendário de leitura
para o ano, mas isso é assunto para outro post). E eu não poderia ter escolhido um título
melhor para fechar o mês: divertido, emocionante e dinâmico.
Divertido, pois o humor é uma coisa que se mantém ao longo de toda leitura. Até os personagens mais carrancudos tem sua dose de graça.
Emocionante por... bem, é dificil falar disso sem dar spoiler. Então confie em mim e vá ler.
Dinâmico: são 41 capítulos que passam voando! E os personagens se completam. A Alys é meio lenta na maior parte das vezes, mas é impossível não se identificar com ela e sua metralhadora de perguntas (Eu ri muito, pois faço isso com frequência)! Hahaha.
Leitura recomendada para quem curte fantasia, humor e essa pegada de "ainda estamos na terra, mas tudo mudou".
Até a próxima folks! \o/
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