Autoras:
Regina Drumond e Giulia Moon
Gênero:
Infantojuvenil
Editora:
SESI- SP / Coleção Sombra
Páginas:
376
Viviane
Bianco (mas a gente pode chamar de Vivi), 16 anos, é a protagonista de A gótica
que não gostava de fantasmas. Sim, ela é a gótica e que não, não gostava de
fantasmas. Mas ao longo do livro ela passa a gostar. Ou amar...
Vivi
perdeu os pais num acidente de carro e sua irmã mais nova ficou numa cadeira de
rodas depois disso. Com a morte dos pais, elas passaram a ser responsabilidade
de Graziela, uma prima da mãe falecida. E bem aqui, uma vilã super malvada
entra em cena. Graziela é de um mal tão maligno, que me perguntei se alguém
poderia ser assim mesmo. Não precisa me responder.
Mesmo
com vários motivos para ser uma pessoa triste, Viviane é corajosa, impetuosa,
cabeçuda e, até certo ponto, rebelde. Mas acaba sempre seguindo o coração,
mesmo que de um jeito meio torto. Afinal, ela é uma adolescente e precisa,
simplesmente, viver.
Ah,
tem mais um detalhe que eu ia esquecendo, mas que rege a trama: Viviane e sua
irmã Veridiana, são muito, muito ricas. A tutora obviamente, não se importa com
as meninas, mas suga a fortuna delas como um parasita. Só que ela está cansada
de sugar... ela quer mais, muito mais.
Outro
personagem marcante é Lucas, o filho de Graziela. O rapaz é dúbio e a gente nunca
sabe o que ele realmente está pensando. O detestei todo o tempo e se eu tivesse
mil olhos, todos eles se revirariam mil vezes durante cada cena dele. Pois é,
ainda bem que não tenho mil olhos, já que o moçoilo em questão aparece o livro
inteiro. Vamos lá, Dany. Suspira e continua.
A
história se passa em São Paulo, e o bairro da Liberdade é um ponto de encontro
de Viviane e seus amigos. Aliás, o grupo de amigos é uma das coisas mais legais
desse livro. Juntos, eles fazem cosplays, embarcam em eventos, vão descobrindo
a vida e como lidar com ela. Eu só nunca, jamais em tempo algum, vou me
conformar com que fizeram com o Thales. E é só isso o que posso dizer sem dar
spoiler. Humpf!
Confesso
que, pelo titulo, eu esperava um pouquinho mais de “sobrenaturalidades”. Ainda
mais quando é mencionado o poder da irmã menor da Viviane: Veridiana podia ver
e falar com fantasmas. Mas digamos que, os toques sobrenaturais do livro, são
singelos e até fofos. Nada de meter medo ou arrepiar a espinha.
Refletindo
agora, enquanto escrevo essa resenha, percebo que os calafrios de medo vieram
mais das atitudes de Graziela, a Maligna, do que dos fantasmas... No final das
contas, as pessoas vivas conseguem ser bem mais assustadoras do que as próprias
assombrações. Né? Né.
Achei
o final um pouco corrido e brusco: as respostas das perguntas que se arrastaram
durante todo o livro, vieram praticamente todas de uma vez.
A
gótica que não gostava de fantasmas tem 26 capítulos e um epílogo, é daqueles
livros com formato pequeno, fácil de levar na bolsa. Suas quase 400 páginas
passam voando, resultado de uma escrita enxuta e capítulos dinâmicos. Só para
ter uma ideia, li em 3 dias durante as
viagens de casa para o trabalho. Ah, e tem o detalhe de ter sido escrito a 4
mãos. Fico imaginando onde começou o trabalho da Regina e começou o da Giulia e
vice-versa. Quem sabe um dia não resolvo esse mistério com um bom papo com as
escritoras?
Leitura
indicada para quem gosta de torcer pelos personagens e exclamar de vez em
quando “não, sua anta, não faça isso!”.
Até a próxima!
Um comentário:
preciso fazer uma prova do livro e nem li
esse resumo me ajudou muito
obrigada!sz
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