Autor: Patrick Rothfuss
Gênero: Fantasia
Páginas: 456
Editora: Arqueiro
Páginas: 456
Editora: Arqueiro
Série: Crônicas do Matador do Rei Vol. I
O Nome do Vento é um livro de fantasia que conta a história de Kvothe. Conta tanto, que a série “As crônicas do Matador do Rei”, está mais para a biografia mais longa de todos os tempos de um personagem ficcional.
Para quem curte fantasia, todos
os códigos estão lá: trupe de artistas, magos, estalajadeiros, bardos, traços
feudais de idade média, magia, ausência de tecnologia e... Kvothe.
Kvothe ou Kote, ou mago ruivo,
perdeu a família depois de um ataque de assassinos que em teoria deveriam
existir apenas em contos antigos e lendas, o tal do Chandriano. Órfão e
desiludido ele passa a maior parte da transição da infância para adolescência
nas ruas de uma cidade aleatória. Um dia ele descobre que pode entrar para a
Universidade de Magos e decide tentar. Talvez lá, ele pudesse descobrir
informações sobre os assassinos que devastaram sua trupe. E bem, acho que é
aqui que a história começa de verdade. Ou pelo menos achei que começasse.
A narrativa é dividida em duas
vozes: ora em primeira pessoa, ora em terceira pessoa. E isso foi um dos pontos
que mais me irritou durante a leitura. Tive a impressão que as inserções de
narrativa em terceira pessoa foram mal planejadas, quebrando o ritmo de leitura
quando eu conseguia manter um.
E por falar em ritmo... O livro sofre quedas no ritmo de narrativa. Eu
literalmente broxava e queria jogar o livro pela janela quando a narrativa era
quebrada para uma cena na Marco do Percurso, com "Kote" , seu
aprendiz e o escriba.
Os contratempos novelescos são chatinhos (Denna, o antagonista da
universidade, a própria universidade e suas regras limitantes...). Mas se
partirmos da ideia de que é praticamente uma "auto biografia de um personagem
fictício", fica fácil entender que essas picuinhas e partes chatas façam
parte do roteiro. Afinal, tudo funciona na desconstrução do mito: Kvothe, o
invencível nada mais era que um cara muito azarado que às vezes dava uma
dentro. É como se a história fosse contada às avessas e por isso sofri com essa
inconstância para manter a leitura.
Não posso dizer que detestei O Nome do Vento, mas também não amei.
Para quem gosta de fantasia chega a ser uma boa leitura, mas não surpreende.
Uma boa quantidade de capítulos é desnecessária, tornando a leitura longa e
maçante.
Enquanto escrevo essa resenha, olho para a pilha de livros na minha
frente e vejo claramente, o segundo volume dessa série, com uma quantidade de
páginas bem maior do o livro 1, ainda lacradinho e brilhante. E sei muito bem
esse não será um livro que lerei tão cedo...
Até a próxima folks!
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