A casa do fim do mundo
Autor: William Hope Hodgson | Adaptação: Simon
Revelstroke | Arte: Richard Corben
Páginas: 96
Editora: Opera Graphica
Páginas: 96
Editora: Opera Graphica
Série: Volume único
Gênero:
Terror
Já devo ter dito em alguma dessas
postagens que eu tive uma época na vida em que tinha obsessão por histórias de
terror que o título tivesse a palavra “casa”. E foi assim que li A queda da
casa de Usher, A casa ao lado e finalmente, A Casa do Fim do Mundo, que
originalmente é um romance de terror de
William Hope Hodgson cujo título
original “House On The Borderland” é um clássico do gênero de 1908.
Assim que abrimos a HQ, temos um
prefacio escrito por Alan Moore, um texto um tanto prolixo, mas que conta a
história de Hodgson e só por isso vale a pena a leitura. Do contrário eu nunca
teria parado para pesquisar sobre o cara ou sobre o romance que originou o
quadrinho.
Uma dupla de estudantes ingleses
está viajando por vilarejos da Irlanda quando se metem em confusão num bar e,
ao fugirem dos aldeões, acabam indo parar nas ruínas do que fora a mansão de um
misterioso “Lord Byron Gault”. Lá eles encontram o diário de Lord Gault, que
relata acontecimentos lúgubres em que ele e sua irmã começaram a confundir sonho
e realidade e descobrirem lugares escondidos na casa, como um porão que serve
de portal para as temidas criaturas suíno-humanas que os tem atormentado em
pesadelos.
Se a história se limitasse apenas
a acompanhar as desventuras de Gault e sua irmã, já seria uma ótima leitura de
terror. Mas há mais, sempre mais, e quando pensamos que a história acabou, na
verdade vemos que ela poderia estar em qualquer lugar, acontecendo, por
exemplo, nesse exato momento.
A diagramação segue um padrão de quadros
estreitos, quase empilhados, se sobrepondo a outras cenas. Os traços de Corben
me deixaram confusa em várias passagens. Pesquisando para esse post, vi scans
da edição original e percebi que ela é em preto, branco e cinza, facilitando muito
a leitura das imagens, coisa que se perdeu na edição brasileira.
A minha edição da adaptação para
o quadrinho é antiguinha, de 2002, trazida ao Brasil pela extinta Opera
Graphica (dizem que ela voltou à vida em 2012, mas não ouvi mais falar nessa
editora). Quando peguei de novo a HQ da estante para poder escrever esse
artigo, aquele cheirinho de livro velho me atacou em cheio. Reler “A casa do
fim do mundo” foi tão forte e medonho quanto a primeira vez. E eu só posso
chamar essa leitura de insana.
Acho que para ter essa HQ hoje em
dia, só comprando em sites como Estante Virtual e Mercado Livre. Bem que eu
gostaria de ter umas coisas mais atuais na minha estante, mas o foco dessa
série é falar exatamente sobre as coisas que já tenho há um tempo e a Casa no
fim do Mundo é uma delas, hihihi.
Até a próxima folks!
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