A Bienal internacional SP 2016
começou dia 26 de agosto e terminou dia 4 de setembro.
Para mim, a bienal sempre foi
uma ótima oportunidade de conhecer novos autores, trocar ideia com os que eu já
conheço, garantir lançamentos em primeira mão, autógrafos, fotos! A Bienal
sempre foi uma festa em todas as edições que participei. Eu também curtia
bastante a ideia de comprar livros direto da editora, o que não acontece no dia
a dia, quando compramos em livrarias e pela internet.
Eis que, entro no Anhembi no segundo dia do evento e encontro uma
bienal bem menor (reflexo das flutuações econômicas pelas quais estamos
passando), mas com um mega estande de Livraria, e muitos estandes de saldão de
livros, revistarias e etc. O número de
editoras estava muito, muito menor. Esse assombro rendeu até um artigo na UOL,
sobre a bienal do livro estar passando por uma crise de identidade. Quando li
essa matéria, imediatamente me identifiquei com o incômodo que senti ao conferir o evento, mas lembrei de outros pontos:
1 – o preço dos ingressos
estava absurdamente alto. Talvez isso
tenha afugentado o público, fazendo com que a bienal não alcançasse o número
estimado de visitantes.
2 - A organização melhorou, mas pode melhorar
ainda mais. Para quem tinha credencial, era preciso reapresentar a documentação
todas as vezes em que fosse entrar no evento. O que ocasionou filas
intermináveis no ultimo fim de semana. Ou seja, quem já tinha uma credencial
comprovada, precisava ficar na fila com quem ainda tinha que liberar a
credencial. Mas se eu fosse fazer um comparativo com a edição de 2014, o
sistema de bilheteria e entrada ficou muito mais organizado.
3- Sempre senti falta de
representatividade de tribos literárias, atividades e debates que englobassem o
pessoal de fantasia, romance policial, ficção.
Escritoras internacionais e nacionais de romance sempre tiveram um bom
destaque na bienal e acho que pode haver um ponto de equilíbrio para que todos
os tipos de leitores sintam-se representados no evento. Claro que existem as
editoras dedicadas a cada gênero, mas me refiro a uma programação de atividades
que realmente englobem todos os leitores.
4 – Ainda não entendi por que a
Bienal não tem seu próprio concurso literário, ou algum prêmio literário
vinculado ao evento.
5 – Quanto à presença de
celebridades do youtube estampadas em todos os lugares, com seus livros... Bem,
eu preciso dizer que não dou a mínima. Foi engraçado presenciar pitis e
gritinhos de fãs adolescentes seguindo seus webídolos. Mas só para variar, seria muito legal se
tivessem escritores estampados também, chamando para seus livros.
6 – Não vou reclamar da comida
cara e ruim que é comercializada no evento, afinal, bienal sem comida cara e
ruim não pode ser chamada de bienal. Né? Né.
Então, no final das contas, não
acho que a Bienal esteja passando por uma crise de identidade. Mas precisando
sim e urgentemente de olhar o mundo dos livros com os olhos do leitor. Como em todas as edições anteriores, fiz meu
mapa de editoras para conferir os autores e foi muito divertido. É quase como
caçar pokémons! A bienal continua sim,
sendo o melhor lugar para encontrar autores, descobrir coisas novas para ler.
O que você gostaria de ver na
próxima bienal fora os livros em promoção? Palestras com seus autores
favoritos? Concursos? Uma ala para as novidades
literárias? Mesas de RPG? Vamos confabular e enviar nossas sugestões
para os organizadores da próxima edição. Quem sabe alguém nos ouve?
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