Autor: Felipe Castilho
Gênero: Fantasia / Aventura
Páginas: 270
Editora: Gutemberg
Gênero: Fantasia / Aventura
Páginas: 270
Editora: Gutemberg
Série: Legado Folclórico
Se você ainda não leu o primeiro volume dessa série, sugiro
que dê uma passada nessa resenha aqui, antes de vir para essa, beleza?
Prata, Terra e Lua Cheia é o
segundo livro da série O Legado Folclórico, onde temos de volta o menino
Anderson que parte mais uma vez de Rastelinho em Minas Gerais, para a
Organização em São Paulo. Dessa vez, Anderson terá de liderar a galera do
Casarão em uma espécie de gincana que acontece a cada três anos numa ilha
mágica, que flutua sobre as águas do país. Na hora eu liguei a ilha de Anistia
(sim, esse é o nome do lugar) à ilha de Avalon dos contos celtas, já que a ilha
do livro também segue escondida em névoa.
Animada com o primeiro livro, parti
para leitura do segundo e senti uma mudança drástica no ritmo. A primeira parte
me pareceu se arrastar um pouco. A trama começa a se tornar mais complexa, dá
para perceber a evolução do personagem Anderson em relação ao primeiro livro.
Ele está, digamos assim, mais ambientalmente responsável, mais consciente dos acontecimentos
ao seu redor. Ele não é mais aquele garoto só
viciado em games. Nessa primeira parte, além de acompanharmos o amadurecimento
do personagem, também conhecemos um pouco mais de sua rotina na escola e de
como as mudanças de Anderson estão afetando as suas ligações familiares.
Depois ainda temos uns bons
capítulos em São Paulo, onde outros personagens são apresentados e entre eles,
está a Fernanda, uma garota gamer, mais ou menos da idade de Anderson. Ela só
aparece no começo do livro e no final. Aqui ficou uma sensação de coisa vaga.
Quando Fernanda apareceu, eu pensei que também embarcaria na aventura. Só que
não. Imagino que essa personagem ainda venha a aparecer nos próximos livro da
série. E por falar nisso, O quarto livro do Legado Folclórico tem previsão de
lançamento só para o ano que vem, provavelmente na Bienal do Rio 2017. Tisc. O
que me faz pensar umas duas vezes antes de partir para a leitura do terceiro
livro...
E já na ilha de Anistia, que é
onde a ação de verdade vai acontecer, somos apresentados ao Grande Caipora e à
Jurupari, duas entidades míticas. O Grande Caipora é o guardião de Anistia, e Jurupari
é o Senhor daqueles que estão em sono
definitivo.
É óbvio que será preciso enfrentar
Wagner Rios mais uma vez e que o desafio está ainda mais difícil do que no
primeiro livro.
Temas como morte e “sonhos
lúcidos” são retratados de maneira suave e ainda assim impactante. Destaque
para a desenvoltura do intragável Pedro, um carinha muito chato do livro um.
Outra coisa muito interessante
nesse volume é que outros personagens além de Anderson passam por um doloroso processo
de amadurecimento. Incrível.
A capa dessa edição traz um clima
mais pesado, com cores frias e um Anderson lutando pela sua sobrevivência de
maneira quase selvagem. As ilustrações internas seguem o mesmo padrão gráfico
de Ouro, Fogo e Megabytes, deixando o livro uma lindeza de ter na estante.
Sério.
Um ponto desagradável, impossível
de ignorar, foi que a revisão de texto me pareceu mais descuidada, comparando
com o primeiro livro. Encontrei muita repetição de palavras durante a leitura, às
vezes elas se repetiam na mesma frase. O que me deixou ainda mais cabreira foi
ver que o meu exemplar já é a segunda edição de Prata, Terra e Lua Cheia e que,
provavelmente, esses problemas vem desde a edição anterior sem receber atenção.
Mesmo com os probleminhas que
falei, o livro vale sim a leitura, o clima mágico de fantasia folclórica se
mantém, a trama está mais tensa, há apresentação de novos personagens e
aprofundamento na mitologia proposta desde o livro um.
Leitura mega recomendada!
Até a próxima folks!
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