Autor: Renato Rodrigues
Gênero: Aventura, ação, fantasia, ficção
Páginas: 270
Editora: Linhas Tortas
Gênero: Aventura, ação, fantasia, ficção
Páginas: 270
Editora: Linhas Tortas
Série: Os Dragões de Titânia
A Maldição dos Templos é o quarto livro da série
Dragões de Titânia (uma das minhas séries favoritas por sinal), e traz uma
pegada mais pesada que os livros anteriores. Um fedor de conspiração ultra
maligno atacou o meu nariz assim que me pus a ler esse livro.
O povo da Pensão da Adria está de volta, mais
quizumbeiro, atrapalhado e azarado do que nunca. Depois dos acontecimentos do livro 3, e do
sonho misturado com viagem no tempo, o mago Khosta está cabreiro, pensando em
como evitar aquela lambança toda que está por vir. Ou que ele acredita estar
por vir.
Enquanto isso, acredite se quiser, uma praga está se
espalhando pelas fazendas e vilas ao redor de Titânia, apodrecendo a terra,
comendo gente e cortando o fluxo de alimentos para a capital do mundo.
Como se não bastassem seus próprios problemas, O
grupo de amigos passa a sofrer misteriosamente diversos tipos de perseguição,
desde aumento de impostos sobre a Pensão da Adria, até acusação por crimes que
não cometeram.
A coisa chega num ponto insuportável em que os
Dragões precisarão se dividir mais uma vez para resolver a bagunça desse
volume.
Para quem já vem acompanhando a série, algumas
surpresas especiais e muito bem humoradas estão recheando o livro. Destaque
também para o desenvolvimento do que eu chamo de “núcleo teen” da pensão da
Adria: Chester, Cristal Negro, Bronko e Allene. Os adolescentes da família,
passam por poucas e boas para realizar a missão que lhes foi designada quando
os adultos tiveram que sair para salvar o mundo e seus próprios traseiros.
Os holofotes dessa vez caíram sobre Shokozug, que
passa por experiências assombrosas (não é a toa que é ele quem ilustra a capa
desse volume). Se a palavra “assombrosa” te lembrou assombração, posso lhe dizer
que está no caminho certo.
Shokozug costumava ser meu guerreiro favorito até eu perceber que a mulherada o apreciava. Nem sei o motivo dessa
babação toda em cima dele. Só porque o Shoko é um guerreiro lindo, alto, de
madeixas longas e branquinhas, mal encarado, paranoico, misterioso e caladão?
Tisc. Ainda um pouco a contra gosto, admito fazer parte do fã clube das
shokozuguetes.
Foi simplesmente incrível conferir mais uma vez o
talento que Renato Rodrigues tem para coordenar tantos grupos de personagens ao
mesmo tempo, em cenários diferentes e ações distintas. Cada vez que leio um
novo volume dessa série meu queixo cai e me pergunto que bruxaria esse cara
domina, para manter tantos personagens com suas próprias vozes e personalidades. É um mistério que permanecerá oculto na cachola desse escritor, disso eu tenho
certeza.
Uma coisa que senti falta, é que nesse livro não
surgiu nenhuma arma mágica nova. Fiquei chupando dedo, aguardando o surgimento
de, sei lá, uma corda inteligente, braceletes super incríveis iguais aos da
Mulher Maravilha, alguma coisa assim.
O livro todo traz um climão tenso, permeado por
ótimas tiradas de humor, que aliás, é o forte da série. O mundo está acabando
em Titânia, mas sempre haverá um motivo para rir, e esse é com certeza, um dos
motivos para eu aguardar ansiosa por cada novo volume.
O desfecho desse livro foi bem, hun... inesperado.
Nem nas minhas mais loucas teorias conspiratórias e devaneios demoníacos eu
pensaria em algo assim. E por falar em demônio, guarde bem o nome Balzul.
Leitura mega recomendadíssima para quem já leu os
outros livros da série, para que não conhece os Dragões de Titânia e para quem
está a fim de ler um livro de fantasia com personagens humanos e hilários.
Chegou agora e não entendeu lhufas? Relaxa e confira
as resenhas dos outros volumes e seja feliz!
Olha o book trailer do primeiro volume:
Até a próxima folks!
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