Olá, pessoal!
Então... Já é Natal, de novo!
As casas estão iluminadas, as
crianças fazem suas cartinhas para o Velinho, as mães e donas de casa cozinham
a ceia de natal, as lojas estão lotadas e as árvores muito bem decoradas, as
expectativas estão altas, principalmente para ganhar livros de presente, não é?
Haha’
É uma época boa para se fazer uma
lista daqueles que você PRECISA ler ano que vem, e porque não começar lendo um
conto que eu selecionei com o intuito de inspirar vocês nessa data tão famosa?
Ele é bem curtinho, mas carrega um grande significado natalino. Segue:
“Certa vez, um menino acordou em uma véspera de Natal, muito
contente, pois uma data muito importante estava para chegar, era o dia em que o
Papai Noel vinha visitá-lo todos os anos. Como toda criança nessa época, a
ansiedade faz parte do café da manhã, almoço e janta. Então esperava
ansiosamente o cair da noite, para voltar a dormir e olhar o seu pé de meia que
estava frente à porta, pois não tinha condições de ter sequer uma árvore de
Natal.
Dormiu muito tarde, para ver se conseguia pegar aquele
“velhinho”, mas como o sono era maior do que sua vontade acabou por dormir profundamente.
Na manhã de Natal, observou que seu pé de meia não estava lá, e que não havia
presente algum em toda a sua casa.
Seu pai estava desempregado, com os olhos cheios
d’água, observava atentamente ao seu filho. Queria muito poder dar a ele o que
merecia, mas infelizmente não pôde por mais um ano. Esperava tomar coragem para
falar que o seu sonho não existia, e com muita dor no coração o chama:
– Meu filho, venha cá! – Sentou-se na cadeira da
cozinha e posicionou suas mãos nos ombros do garotinho, olhando fixamente para
seus olhos que ansiavam por uma explicação.
– Papai...? – Disse, quebrando o silêncio.
– Pois não filho?
– O papai Noel se esqueceu de mim? – Perguntou
imaginando ser isso que o seu pai tentara com dificuldade explicar.
O pai abraça seu filho.
– Ele também esqueceu do senhor, papai ?
– Não, meu filho… - Disse em um suspiro - O melhor
presente que eu poderia ter ganho foi você, e fique tranqüilo, pois eu sei que
o papai Noel não esqueceu de você.
– Mas … todas as outras crianças vizinhas estão brincando
com seus presentes… - Disse confuso- Acho que ele pulou a nossa casa…
– Pulou não, meu filho. – Dizendo isso, já que não
poderia comprar nada, ao menos garantiria diversão ao seu menino, como as
outras crianças.
Os dois então foram caminhando sem rumo, até chegar
num parque e ali passearam, brincaram e se divertiram durante o resto do dia,
voltando somente no começo da noite.
Chegando em casa, já muito cansado, o menino foi para
o seu quarto, e escreveu um bilhete para o papai Noel:
“Querido Papai Noel,
Quero agradecer o presente que o senhor me deu. Desejo
que todos os Natais que eu passe, faça com que meu pai esqueça seus problemas,
e que ele possa se distrair comigo, passando uma tarde maravilhosa como a de
hoje.
Obrigado pela minha vida, pois descobri que posso me
divertir como todas as outras crianças sem precisar de um brinquedo, e sim, apenas
estando com meu pai.
Obrigado. ”
E colocou a carta na janela de seu quarto, imaginando
que o papai Noel pudesse pegá-la quando passasse por ali. Entrando no quarto
para dar boa-noite ao seu filho, o pai viu o bilhete, e a partir desse dia, não
deixou que os seus problemas afetassem a felicidade dele, e começou a fazer que
todo dia fosse um Natal para ambos.”
Gostaram?
Bem...Não posso deixar de comentar, afinal é uma bela lição. Muitas vezes nos
preocupamos tanto com a tradição de presentear (que eu adoro, de verdade) que
nos esquecemos o que nos traz aquele belo sentimento de felicidade, leveza e
conforto. Não encontramos nos presentes recebidos no Natal, mas no nosso dia-
dia. Mais vale o que carregamos em nossos corações entre o Ano novo e o próximo Natal do que o contrário.
Não estou
desmerecendo a atitude, eu mesma adoro fazer isso, porém o que dá aquele
tempero gostoso nessa data é a presença daqueles que amamos e o poder de curtir
cada momento da vida sem precisar comprar nada, sem pensar no trabalho, sem
olhar para os problemas. Aquele é o momento, é o presente e nós não precisamos
de mais nada. A habilidade de viver o “Aqui e Agora” exercido no nosso dia-dia
que faz o Natal especial. Afinal de que adiantaria estar em casa, com quem ama,
recebendo belos presentes e...não estar ali, não saber aproveitar? Não se prenda a aquilo que não podemos
controlar, sempre podemos absorver algo de bom, dê atenção para esse detalhe.
Fazemos isso com os livros, porque não no Natal?
Pensem nisso,
crianças. Se perguntem: “Eu estou no Natal? Eu estou aqui?”
Seja um Natal com uma
ceia gigante e uma família maior ainda, ou um Natal com arroz, ovo e séries na
Netflix, sempre poderá escolher absorver o melhor, o que tem de mais bonito e
que não se encontra dentro de um embrulho colorido.
A vida é um livro em
branco, se ele não é o que espera, faça com que seja. A vida é maravilhosa,
seja no Natal, Ano Novo ou no aniversário do seu cachorrinho, mas isso, minha
criança, é escolha sua.
Deixo esse conto e
essa reflexão para inspirar vocês. Tenham todos um Feliz Natal!
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