Autor: Ana Cristina Rodrigues
Gênero: Contos de fantasia
Páginas: 204
Editora: Aquário
Conheci a Ana Cristina Rodrigues
na Fest Comix 2015 desse ano, mas só fui mesmo conferir o seu trabalho na bienal do
Rio, em setembro. Fiquei encantada com o currículo da moça: escritora,
tradutora, editora e historiadora.
Entre os mimos que trouxe do
estande da Aquário Editorial para casa, — espero resenhar todos em breve —
estava a coletânea “Anacrônicas – Contos mágicos e trágicos”. E é desse livro
com formato de bolso que quero falar hoje.
Tive de optar em falar — ou melhor,
tentar falar — do livro como um todo,
não focando em nenhum conto específico, afinal são 24 contos! Eu levaria dois
quilômetros de post até falar de cada um deles, afinal essa coletânea é um
compilado de produções da escritora entre 2009 e 2014.
No começo da leitura me senti um
pouco intrigada. Apesar de bons contos, eu senti falta de uma unidade, de uma
continuidade. Cheguei mesmo a achar que a leitura não renderia muita coisa.
Depois do quarto conto eu entendi essa tristeza miúda que começava a tomar
conta de mim: Eu queria mais. Não queria só aqueles pedacinhos de mundo. Queria
todos os universos que a Ana — hábil em ser sucinta — mostrava só uma parte.
Admito que passei uma boa semana
em sua companhia, voando com grifos, viajando em condados medievais,
incendiando cidades bibliotecas, conhecendo o povo-macaco e voando com fadas
que se transformam em dragões. A e também tinham os coelhos. 4 coelhos.
Inclusive, com um deles acompanhei um onírico desmemoriado no roubo de sonhos.
Com Anacrônicas, inventei uma
nova forma de ler livros de contos: abria a página do sumário e deixava o dedo
correr solto. Até que eu acha que estava bom e abria os olhos. Onde a ponta do
meu dedo estivesse, lá eu faria minha nova leitura. E assim foi até terminar o
último conto. Só agora me ocorre que outras pessoas devem fazer isso, né? Mas
comigo essa foi a primeira vez, então achei válido dividir. Hehehe
O projeto gráfico do livro é uma
delicinha que intriga: tem coelhos na capa, me remetendo ao mundo eternizado
por Lewis Carroll em Alice. O livro é em formato pequeno, facilitando tanto
caber na bolsa, quanto o manuseio em minhas incursões literárias. Acho que já
contei mil vezes que leio no trajeto casa-trabalho-trabalho-casa, né?
A, ia esquecendo, tem ilustrações
espalhadas entre as páginas, e quando menos esperamos, escolhemos não adiar a
leitura do próximo conto só para ver o que significa aquilo! Talvez isso se
deva à minha curiosidade. Talvez não.
Mais uma produção nacional para quem curte leituras rápidas e não dispensa a
possibilidade de passear em multiversos literários! ;)
Aqui o vídeo que gravamos dela falando um pouquinho sobre o livro:
Até a próxima folks!
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