Autor: Eddie Van FEu
Gênero: Fantasia, Ficção, Aventura
Páginas: 256
Editora: Linhas Tortas
É com aquele suspiro profundo que a gente solta
devagar quando olha pro céu e começa a sonhar, que me proponho a falar de
“Crônicas de Leemyar – O Necromante.”
Uma história fantástica, suave e deliciosa. E
quando digo deliciosa, me refiro aos bolos de celtalate quentinhos da Vanna…
mas é melhor deixar isso para depois.
E
para falar de Crônicas, é preciso falar de Leemyar primeiro. Só para te situar,
Leemyar é uma cidade da região da Celtária, no mesmo universo de Dragões de
Titânia. Não conhece? Clique aqui. Sim, esse livro é de fantasia. Sim, é num universo paralelo. E sim, eu adorei!
Leemyar
costumava ser uma cidade pacata, com fama de ter castelos assombrados e ruínas
que guardavam tesouros e maldições. Uma cidadela não muito hospitaleira, que
ainda assim recebia muitos viajantes. Raríssimos eram os que ficavam. A bem da
verdade, ninguém via chance de crescer e prosperar, num lugar de gente rançosa
estacionada no tempo.
E como para desdizer o que eu disse antes e provar
que nada é definitivo, chegam à cidade Vanna e sua amiga-elfa, Groulf. Elas se imaginavam
guerreiras e estavam em busca de se firmarem na profissão (e desde quando
existe a profissão de guerreiro? Não sei, não me pergunte. Mas lá para as
bandas de Celtária e Titânia isso é muito comum).
Como eu ia dizendo, as duas garotas procuravam
aventuras, tesouros e experiência. E assim acabaram encontrando Dirk e Romano,
dois amigos também em busca de aventura e riquezas. Bem, não exatamente nessa
ordem.
Da esquerda para direita: Peter Paul, Joabe, Romano, Vanna, Dick, Groulf e Hitch. Essa turma delícia! |
Depois de um estranhamento inicial, percebem
que estão no mesmo barco furado — e sem remo — e resolvem selar uma aliança
para saírem da situação em que se encontravam: guerreiros inexperientes e sem
nenhuma moeda de cobre furada no meio.
De Inicio, decidem capturar um mago malquisto
na cidade, por quem ofereciam uma poupançuda recompensa. E digamos que é bem
aqui que a história começa. Os quatro amigos vão passar por muitas e boas e
viverão uma história que poucos podem se gabar de ter vivido. Só para te deixar
curioso, Essa galera vai lutar contra um deus-demônio-das-profundas. Como?
Quando? Por que? Só lendo o livro para saber…
O enredo não é o que podemos chamar de comum, e
conforme as situações se desenham, novos personagens são apresentados, e olha
só, unindo todo mundo temos uma família, pra lá de exótica por assim dizer.
Se eu pudesse definir esse livro em uma palavra,
usaria emoção: Rimos, choramos, torcemos, nos irritamos, sentimos a dor de um
coração quebrado, lutamos bravamente e sonhamos!
Crônicas de Leemyar surpreende pelas
reviravoltas que a história tem, pelos caminhos que se costuram e ligam os
personagens uns aos outros, tornando-os únicos e insubstituíveis.
Amizade, respeito, fé e esperança são tratados de uma forma tão pura, que recomendo essa leitura para qualquer um que acredite no valor de uma amizade verdadeira, que antes de julgar te aceita, e vai lutar por você simplesmente por que acredita em quem você é, e não deseja que você seja nada além de você mesmo.
Amizade, respeito, fé e esperança são tratados de uma forma tão pura, que recomendo essa leitura para qualquer um que acredite no valor de uma amizade verdadeira, que antes de julgar te aceita, e vai lutar por você simplesmente por que acredita em quem você é, e não deseja que você seja nada além de você mesmo.
Depois de ler Crônicas de Leemyar, a sensação
de ser uma pessoa melhor é inevitável, pois aquelas pequenas luzes que
esquecemos de manter acesas quando nos tornamos adultos, voltam a brilhar de
forma intensa. A esperança e os sonhos tornam a pulsar no coração. Às vezes, a
gente só precisa olhar para o mundo com olhos mais puros, mais limpos… mais
leves!
O clima de aventura está impregnado em cada
página, e quando os personagens não estão lutando por suas vidas na ponta de
uma espada ou decapitando zumbis (eu não falei deles antes? Pois é, nessa
história o que não falta é zumbi) estão gastando neurônios para compreender as
mudanças que suas vidas sofreram desde que chegaram ali. Tudo bem, nem todos.
Mas Peter Paul, Joabe e Hitch que o digam.
Um comentário:
Que coisa linda ler essas palavras! Crônicas de Leemyar é uma história de vários corações e às vezes eu me pergunto se as pessoas lá fora (fora de nossas cabeças) vão entender do que eu tentei falar. E leio essa resenha e tenho a certeza de que SIM, tudo o que eu gostaria de dizer está lá para quem tiver olhos para ver e coração para sentir! Obrigada, Dany Fernandez, por mais uma resenha honesta e mais um motivo para eu continuar escrevendo! :)
Ah! Espero que você goste da sequência, A Espada dos Dragões, que está bem mais soturna. Beijos a todos do Barato Literário e a todos os barateiros de plantão! ;)
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