Autor: Eduardo Spohr
Gênero: Anjos - Ficção, Ficção brasileira
Páginas:586
Editora: Verus Editora, 1ª edição, 2013.
Quando
terminei de ler esse livro, fechei a capa, cocei o queixo e fiquei pensando...
“como vou falar de você, meu amigo?”
Anjos
da morte é o segundo livro da trilogia Filhos do Éden, do escritor nacional
Eduardo Spohr. A resenha do primeiro livro você pode conferir aqui.
Diferente
do livro um, em que temos vários eventos desembocando num acontecimento final,
nesse segundo livro assistimos flashbacks do passado de Denyel intercalados com
passagens do presente, em que Kaira, Urakin e Ismael estão rodando pelo mundo
em busca de vestígios que apontem o paradeiro de Denyel, desaparecido no livro
anterior.
Por
falar nisso, ainda há um mistério latente a respeito de Kaira, que ainda não
recuperou cem por cento suas lembranças, e no decorrer do livro tem fragmentos
de memórias diluídos em sonhos enigmáticos. Eu fiquei aqui, batendo o meu
pesinho, só imaginando o que o autor está aprontando para fechar a série no
próximo livro, com previsão para próxima metade do ano. Para saber mais, leia esse artigo aqui também.
Para
falar de Anjos da morte, é preciso relembrar uma coisinha que mencionei na
resenha do livro anterior, Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida: Denyel, um
anjo exilado aqui na terra, acaba roubando a cena, e de repente, nos vemos dando
mais atenção a ele do que à Kaira, aparentemente “protagonista” do livro 1.
Pois
bem, nesse segundo livro, (talvez atendendo a pedidos, quem sabe?) mergulhamos
em todo o processo de corrupção que subjugou o nosso amigo anjo e o tornou um
cara de pau descarado e assassino. Depois
de conhecer essa outra faceta, fiquei ainda mais intrigada com o moço — claro
que virei fã — e em certos momentos tive vontade de guarda-lo no armário e
dizer: “fiquei quietinho aqui e não apronte mais nada”.
Capítulo
após capítulo viajamos nas cenas da segunda guerra mundial, da guerra fria, do
caos mascarado que reinava entre os países europeus quando o muro de Berlim
veio a baixo. Planamos suavemente pela transformação politica e social da
juventude dos anos 50, pela geração “paz e amor” dos anos 60/70 e pelo desvario
dos anos 80. Tudo isso pelo ponto de vista de um cara que não envelhece e teima
em não morrer.
É
simplesmente incrível acompanhar a transformação de “Denyel Angel”, de um
querubim duro na queda em um pistoleiro sem pátria, explicando o motivo dele
desejar tanto a redenção no livro anterior.
Alguns
capítulos me deixaram de pelos eriçados, como o “Um bom dia para morrer” ou em
lágrimas como o “Todo Sangue voltará para você”. A é, esse é outro detalhe forte nos 88 capítulos
desse livro rechonchudo: os títulos são
sedutores e instigantes.
O
trabalho de pesquisa é magistral, e mais uma vez me vejo obrigada a tirar o
chapéu. Acho até que foi o megafodástico trabalho de pesquisa desse livro que
mais me deu tesão nessa leitura. Tem até trilha sonora, demarcando cada década
por onde a história se passa. E no
final, depois de um prólogo que dá gancho para o próximo volume, o autor nos
presenteia com os dados das pesquisas que ele fez para o livro, nos apontando o
que é real e o que é fictício e o que inspirou.
Leitura
Mega recomendadíssima!
Até
a próxima babys!
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