Autor: Renato Rodrigues
Gênero: Ficção Fantástica
Páginas:272
Editora: Linhas Tortas, 1ª edição, 2013.
Já que vamos sortear o Box "Dragões de Titânia", resolvemos fazer uma semana especial com as resenhas dos três livros! Essa é do terceiro volume! Se ainda não leu as resenhas dos Volumes I e II é só clicar aqui e aqui.
É sempre um prazer poder voltar à Titânia, rever os velhos amigos e conhecer os outros que estão chegando à Pensão da Adria.
Dessa vez, o grupo de amigos e sócios da ordem militar Dragões de Titânia partem em busca da tal Dama da Montanha, como foi sugerido no final do livro anterior pela misteriosa Rainha Arani. Claro que isso não acontece antes de alguma procrastinação. Afinal, a ordem está prosperando e sempre que alguém (entenda-se o Khosta) levanta a questão das armas Mágicas e da excursão em busca da tal dama da montanha, aparece um novo e rentável serviço. Além disso, não podemos esquecer que mesmo morando juntos sob o teto da mesma pensão, cada um dos Dragões tem sua vida pessoal. Quer dizer, o que dá para vislumbrar de uma vida pessoal entre uma missão e outra.
É nesse contexto que cada um do grupo se vê obrigado a fazer escolhas. Nem sempre sábias, nem sempre acertadas, mas ainda assim, escolhas… Que podem fazer que com que tudo o que conquistaram vire lembrança. E foi bem aqui que tomei um dos maiores sustos literários desde que comecei a me aventurar pelas terras titanianas (não falo mais nada a respeito, acabo de chegar à tênue linha do spoiller)!
Um dos maiores desafios do grupo de amigos da pensão da Adria no terceiro volume da série, é escolher entre sua vida pessoal e o trabalho como guerreiros. Digamos que numa cidade em que o perigo é constante, e que toda sorte de monstros e assombrações resolvem aparecer sem aviso prévio, o sortimento de trabalho é grande para a Ordem Militar dos Dragões de Titânia, não sobrando muito tempo para namoricos e afins.
Mas até que ponto vale apena “sacrificar” a vida pessoal pela profissional e vice e versa, até que ponto suas escolhas podem afetar os outros, quando se trata de um grupo? Bom, mais uma vez o pessoal terá que entrar nos eixos no meio de uma missão, que antes de qualquer coisa, está intimamente ligada ao grupo: Descobrir o paradeiro da tal Dama da Montanha. Só assim para saber a origem das doze armas mágicas que alinhavam a história, unindo os personagens e trazendo novos, assim como ter mais informações a respeito de Castelian, o Velho da Torre e a sua obsessão em invadir a misteriosa Ilha do Destino.
Mesmo sem saber, o grupo embarca numa aventura para salvar não só Titânia, mas dessa vez, todo o mundo que conhecem está sob ameaça de um mal calamitoso e sem precedentes. Como o grupo é grande e as prioridades muitas, os Dragões de Titânia se dividem:
1- Miranda e Alambique partem para Celtária, para colher informações a respeito de um possível paradeiro do Barão Ricardus I, o lambe botas mascarado lacaio de Castelian, que parece ter se enfiado nas terras de Leemyar (qualquer semelhança com a cidadela de Crônicas de Leemyar NÃO É mera coincidência);
2- O restante se organiza para partir em busca da Dama da Montanha, exceto Diane, claro, que partiu em uma viagem romântica com o Lorde metidônio do Wataru. Apesar de parecer uma decisão imatura (digo isso sob meu ponto de vista, você pode achar outra coisa), essa viagem tem um papel muito importante para o grupo de amigos.
Outra coisa interessante nesse volume é a visão mais humana que temos dos nossos heróis. Mais humana não quer dizer mais piegas e muito menos mais melosa, a ventura e pancadaria continuam bem servidas e com direito a Hidragões!
A força da amizade e lealdade são temas ricamente tratados nas linhas de Os Dragões de Titânia – A Dama da Montanha, a aventura, os combates e o desenvolvimento dos personagens mais uma vez estão de tirar o chapéu, e os rumos que a história vem tomando desde o primeiro volume são surpreendentes!
Pense numa pessoa que está no mínimo curiosa para saber como isso continua, que está se sentindo órfã, desde que leu a última página. É que, mesmo sem querer, as aventuras dos Dragões viciam: quando viramos a última página nos damos conta que não queríamos que a viagem tivesse terminado! Os cenários são incríveis e os personagens cativantes. Tá, eu tenho os meus favoritos, mas deixarei para falar deles numa próxima resenha, quando sair o quarto volume, da série, certo?
Se você não leu os volumes anteriores, não precisa se preocupar, o escritor sempre dá uma palinha para ambientar o leitor na história, quando necessário. E isso serve não só para quem lê a série do Dragões fora de uma ordem cronológica, como para os que leram e não tem boa memória (que é o meu caso! hahaha).
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